Xandu Alves
1 de julho de 2016
Entre os nomes da lista tríplice, governo opta pelo físico e engenheiro Ricardo Galvão para a direção
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação escolheu o físico e engenheiro Ricardo Magnus Osório Galvão como novo diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Ele fazia parte de lista tríplice definida por comitê de busca criado no início deste ano para selecionar e avaliar candidatos.
O grupo contou com cinco membros e foi presidido pelo ex-ministro e atual diretor do Parque Tecnológico de São José, Marco Antonio Raupp.
Oito candidatos se inscreveram no processo, entre eles o atual diretor do Inpe, Leonel Perondi, e a pesquisadora Thelma Krug, também servidora do instituto.
Ao lado de Galvão, Thelma e o candidato Cesar Celeste Ghizoni foram selecionados e compuseram a lista tríplice enviada ao Ministério da Ciência, que decidiu por Galvão.
Segundo a pasta, o físico "aguarda a publicação de sua nomeação pela Casa Civil do Governo Federal para tomar posse no cargo".
Professor titular do Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo), Galvão é atual presidente da Sociedade Brasileira de Física. De acordo com o Ministério, ele pedirá afastamento da entidade logo após assumir o Inpe. Ele também é membros da Academia Brasileira de Ciências.
Justiça.
O processo de sucessão ainda pode render outros capítulos. Funcionários do Inpe apontam falta de transparência e suposto direcionamento no comitê de busca que definiu a lista tríplice.
Eles criaram o "Movimento Processo Sucessório Transparente" e encaminharam carta ao ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, para que ele suspenda o processo de sucessão. Os servidores terão um encontro com o ministro hoje, durante visita a São José (veja texto nesta página).
Segundo Gino Genaro, tecnologista do Inpe, o grupo irá entrar com uma representação na Procuradoria Geral da República para tentar obrigar o Ministério a reiniciar o processo sucessório.
"Não questionamos a capacidade das pessoas da lista tríplice, mas o processo de escolha do comitê de busca. Faltou transparência", disse Genaro.
O Ministério disse que o comitê foi formado por "especialistas altamente qualificados do setor de ciência e tecnologia". Raupp não comentou.
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