MCTIC
28 de julho de 2016
Trinta pessoas morrem por ano em consequência das descargas atmosféricas dentro de casa. Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ELAT/INPE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o setor agropecuário registra o maior número de vítimas de raios: 25% dos casos. Isso ocorre porque as atividades são realizadas a céu aberto. Mas os acidentes dentro de casa vêm logo em seguida, causando 19% das mortes por descargas atmosféricas no país. A adoção do fio terra nas residências pode mudar essa realidade.
O sistema de aterramento consiste em uma viga cravada na terra que é conectada a um fio. Ele diminui a variação de tensão de uma rede elétrica, elimina as fugas de energia e protege as pessoas de um eventual choque elétrico. Este sistema é obrigatório há dez anos, como determina a Lei 11.337. Quando bem feito, o aterramento também protege das descargas atmosféricas.
"Uma descarga atmosférica, quando ocorre, por exemplo, em um prédio, gera um aumento da eletricidade em toda a fiação do prédio. Isso acaba provocando a queima de equipamentos ligados à rede elétrica, assim como uma fatalidade, se a pessoa estiver encostada em um equipamento ou muito próxima a uma tomada. O fio terra faz com que a maior parte das correntes induzidas pelo raio se dirija à terra", explicou o coordenador do ELAT, Osmar Pinto Jr.
Embora esteja em vigor há dez anos, a lei que obriga o aterramento nas edificações do país ainda não foi regulamentada, o que dificulta a fiscalização. Mas os especialistas chamam a atenção para a importância da instalação do fio terra uma vez que as consequências de uma descarga elétrica podem ser muito sérias. Há casos de queimaduras, coagulação do sangue, contração muscular e até parada cardiovascular.
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