MCTIC
20 de julho de 2016
Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro começam no dia 5 de agosto. Crédito: Agência Brasil
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Equipes devem atuar nos locais de competição e treinamento do Rio de Janeiro e de outras cinco cidades selecionadas para abrigar os jogos. Objetivo é trabalhar na prevenção, identificação e resposta a situações de emergência ou potencial risco nuclear.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) prepara cerca de 300 servidores para atuar na prevenção, identificação e resposta a situações de emergência ou potencial risco nuclear ou radiológico nos locais de competição e treinamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. As equipes da Cnen estarão no Centro Internacional de Transmissão (IBC, na sigla em inglês) e na Vila Olímpica, no Rio de Janeiro (RJ), e também nas outras cinco cidades que vão receber partidas de futebol. As Olimpíadas ocorrem de 5 a 21 de agosto, e as Paralimpíadas, de 7 a 18 de setembro.
Entre as atividades de capacitação, a Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear treinou equipes com profissionais do Departamento de Energia dos Estados Unidos na última semana. Autarquia federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a Cnen regula o uso da energia nuclear no Brasil e realiza pesquisa, desenvolvimento e formação especializada. A missão de estar presente no Rio de Janeiro e nas cinco cidades-sede do torneio de futebol – Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Manaus (AM), Salvador (BA) e São Paulo (SP) – está relacionada à presença do órgão em nove estados do país.
Quatro meses antes dos Jogos, em 4 de abril, o presidente da Cnen, Renato Cotta, assinou um Plano de Ação Conjunta com o diretor de Segurança Nuclear da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Khammar Mrabit. Na ocasião, Cotta ressaltou que o acordo sela a parceria das duas instituições desde 2007, a partir dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos. O trabalho conjunto se estendeu a megaeventos como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, e a Copa do Mundo, em 2014.
Ao definir o aprimoramento das medidas de segurança durante os Jogos, o convênio previu a cessão, pela Aiea, de instrumentos de detecção de radiação em estádios e outras instalações esportivas, bem como o treinamento de especialistas da Cnen, o apoio técnico no uso dos detectores e escâneres e o compartilhamento de informações de tráfico ilícito e atividades não autorizadas de materiais radioativos. A agência se dispôs a oferecer assistência em ações de resposta a uma eventual emergência nuclear ou radiológica.
Segurança
Ligado à Cnen e também localizado na capital fluminense, o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) capacitou, no final de junho, 3 mil integrantes da Força Nacional de Segurança Pública para o uso de equipamentos detectores de radiação. O treinamento envolveu, ainda, 500 profissionais da rede estadual de saúde do Rio de Janeiro e 120 policiais federais.
A capacitação oferecida pelo IRD está prevista na nota técnica assinada pelo MCTIC e pelos ministérios da Defesa e da Saúde, a fim de estabelecer uma cooperação voltada à estrutura de atendimento a ameaças, incidentes ou ataques de natureza química, biológica, radiológica e nuclear no período dos Jogos. Especialistas brasileiros ofereceram treinamento semelhante nos últimos megaeventos esportivos do país e nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.
Os técnicos dispõem de equipamentos ultrassensíveis à presença de material nuclear e radioativo. As equipes capacitadas devem prestar suporte técnico e realizar varreduras nos locais de competição e nas demais instalações olímpicas. O esquema de defesa inclui servidores do IRD de prontidão para responder a ocorrências, em apoio às forças de segurança pública.
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