terça-feira, 16 de maio de 2023

Ministra do MCTI visita o Cemaden e reforça parceria com BNDES para aprimorar monitoramento e prevenção de desastres

Cemaden
11 de maio de 2023

Foto: Cemaden



Aministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) visitou as instalações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do MCTI- localizado no Parque Tecnológico em São José dos Campos (SP), na manhã da última sexta-feira (dia 5). A ministra foi recebida pela diretora substituta, Regina Alvalá e gestores do Centro.

Durante a visita, a ministra anunciou que, para ampliar os investimentos em inovação e aprimorar os sistemas de monitoramento e prevenção de desastres geo-hidrológicos e socioambientais, o MCTI deve firmar parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). O foco principal é desenvolver equipamentos de baixo custo e fácil manutenção para monitoramento de variáveis ambientais, com prioridade aos equipamentos para monitoramento de chuvas.

Apresentação das atividades desenvolvidas pelo Cemaden e assinatura de protocolo de intenções entre o Centro e o Inpe

Na Sala de Situação, onde são monitorados 1.038 munícipios com histórico de ocorrências pretéritas de desastres e para os quais foram mapeadas as áreas de risco geo-hidrológicos, a ministra conheceu mais detalhadamente como é feito o monitoramento ininterrupto e e algumas pesquisas desenvolvidas pelo Cemaden. A diretora substituta, Regina Alvalá, contextualizou a criação do Centro e conduziu a agenda da visita, que contemplou breves apresentações feitas por tecnologistas, pesquisadores e bolsistas e abordaram diversos temas associados à gestão de riscos e de desastres.

O coordenador-geral Marcelo Seluchi apresentou as atividades desenvolvidas no âmbito da Coordenação de Operações e Modelagem, , destacando as etapas e atividades associadas ao monitoramento e emissão de alertas de riscos de desastres geo-hidrometeorológicos (deslizamentos de terra, enxurradas, inundações, enchentes), seguido do tecnologista Pedro Camarinha, que sumarizou como é feita a previsão diária de risco geológico para todas as mesoregiões do território brasileiro. As linhas de pesquisas, integradas com as atividades de operação, foram sucintamente apresentadas pelo coordenador-geral de Operações e Desenvolvimento Jose Marengo. Na sequência, foram apresentados resultados associados à caracterização das populações vulneráveis em áreas de risco, pela pesquisadora Mariane Assis; as pesquisas e atividades de monitoramento de impactos de secas, pela pesquisadora Ana Paula Cunha; o programa Cemaden Educação, pela coordenadora Rachel Trajber e ecossistemas inovadores para monitoramento ambiental, pelo tecnologista André Ivo. Após as apresentações das atividades conduzidas no Cemaden, com a presença da ministra do MCTI, Luciana Santos, a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá e o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Clezio Marcos De Nardim, assinaram um protocolo de intenções entre o Centro e o Inpe, com o objetivo principal de conjugar esforços em trocar experiências nas áreas de interesse comum entre ambas as instituições.

Investimentos em tecnologia e inovação para o monitoramento

Ao final da programação, a ministra do MCTI destacou a relevância da participação de 50% de mulheres na força de trabalho do Cemaden, o que singulariza estímulo a jovens cientistas. Afirmou, também, que as apresentações focando o monitoramento, as pesquisas e o programa em educação e prevenção de risco de desastres trouxeram-lhe lembranças do período em que foi prefeita de Olinda (PE), na década de 2000. Ressaltou o envolvimento com a população em áreas de riscos, as vulnerabilidades da região metropolitana de Recife e os esforços dispendidos na época para a prevenção e diminuição dos impactos dos desastres decorrentes de deslizamentos e inundações.

“Na época, montamos a Defesa Civil Municipal, fizemos mobilização nas escolas. Não existia, ainda, o Cemaden.”, afirmou a ministra. “O trabalho torna-se mais intenso com as mudanças climáticas e o adensamento geográfico em áreas de risco. Por isso, vamos colocar a tecnologia e inovação a serviço para prevenir e salvar o maior número de vidas”.

A ministra informou sobre reunião recente ocorrida entre o o BNDES e o MCTI, ocasião em que foram discutidos investimentos para inovação e ampliação da rede de monitoramento de desastres, em especial considerando a modernização do monitoramento de chuvas com pluviômetros de baixo custo. Também destacou a importância da informação e da educação para a percepção de riscos pela população. Por fim, a ministra ressaltou que “investindo na inovação para que os equipamentos, como, por exemplo, os pluviômetros, sendo mais leves, de custo mais baixo e com maior facilidade na manutenção, poderão ter um uso mais didático, para que a população possa se apropriar das informações providas por tais equipamentos para a prevenção de riscos”.

Fonte: Ascom/Cemaden

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