Shirley Marciano
19 de setembro de 2016
Descontaminação. Técnicos da CNEN isolam a área afetada pela radiação do Césio 137 - Foto: O Globo |
No dia 13 de setembro de 1987, um tragédia sem precedente ceifou vidas e contaminou centenas de pessoas. O acidente que ficou conhecido como Césio-137 ocorreu quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado por catadores de ferro velho na zona central de Goiânia, no estado de Goiás, dentro de um hospital abandonado.
A cápsula foi desmontada e repassada para terceiros, gerando contaminação em todos que tiveram contato com o material --o cloreto de Césio, que é um sal obtido a partir do radioisótopo 137 do elemento químico Césio (CsCl)--, muito parecido com o sal de cozinha (NaCl), mas que emite um brilho azul no escuro.
caixão de chumbo para evitar a contaminação do solo |
À época, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) solicitou o exame de toda a população da região. Cerca de 1000 pessoas foram expostas aos efeitos do elemento químico. Destas, 129 pessoas apresentaram contaminação corporal interna e externa concreta, vindo a desenvolver sintomas, mas foram somente medicadas. Porém, 49 foram internadas, sendo que 21 precisaram sofrer tratamento intensivo. Apesar da tentativa de salvar a todos, quatro não resistiram e acabaram morrendo.
O acidente foi o maior do tipo radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares. Foi classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de 0 a 7.
Veja o filme:
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