quarta-feira, 23 de março de 2016

Com André Figueiredo, Dilma destaca que satélite brasileiro vai conectar áreas remotas do país

Ministério das Comunicações
23 de março de 2016

Foto: Herivelto Batista
Presidenta visitou, em Brasília, centro de controle do equipamento, que vai ampliar segurança e internet rápida para todas as regiões

Brasília, 23/03/2016- "Esse satélite vai permitir que o Brasil, nas suas áreas mais remotas, esteja conectado por banda larga. É uma conquista para o país." A declaração foi feita pela presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feira (23), durante visita ao centro de controle do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD), em Brasília. Dilma estava acompanhada dos ministros das Comunicações e da Defesa, André Figueiredo e Aldo Rebelo, respectivamente.

O satélite geoestacionário, totalmente controlado pelo governo brasileiro, será lançado entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017. O projeto, uma parceria entre os Ministérios das Comunicações (MC) e da Defesa (MD), vai levar internet rápida para todas as regiões do Brasil e também será utilizado nas comunicações estratégicas de segurança nacional.

Para gerenciar remotamente o satélite, foi instalado no 6º Comando Aéreo Regional (VI COMAR) da Aeronáutica, em Brasília, uma antena de 18 metros de altura e 13m de diâmetro. A presidenta Dilma conheceu hoje como vai funcionar o centro de controle do satélite, onde a antena está instalada.

O ministro das Comunicações disse que o satélite vai beneficiar a população brasileira em dois aspectos: na área de defesa e na área de telecomunicações, que vai permitir levar banda larga aos lugares mais longínquos. "É um avanço tecnológico indispensável para que o Brasil possa ter a internet chegando de forma rápida e eficiente, propiciando integração da população brasileira e acesso ao conhecimento", exaltou o gestor da pasta, ao lado do presidente da Telebras, Jorge Bittar.

André Figueiredo ressaltou ainda que o equipamento é uma das ações do governo federal que fazem parte da nova roupagem do programa Banda Larga para Todos, que deverá ser apresentada em abril. Paro o ministro, o equipamento é fundamental para atingir a meta de universalizar o acesso à banda larga até 2018, alcançando 95% da população e 70% dos municípios brasileiros. "Onde não for possível chegar com fibra óptica, o satélite fará a cobertura", explicou.



Construção
O Satélite Geoestácionário de Defesa e Comunicações Estratégicas está sendo fabricado em Cannes, na França, e começou a ser construído em janeiro de 2014. O lançamento, até o início de 2017, ocorrerá na base de lançamento de Kourou, na Guiana Francesa. O artefato ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo o território brasileiro e o oceano Atlântico.

A construção do equipamento está sendo feita pela Thales Space, sob contrato com a Visiona, uma joint venture entre a Telebras – estatal federal do setor de telecomunicações – e a Embraer – empresa privada líder nos setores aeroespacial e de defesa. O projeto prevê a transferência de tecnologia e a capacitação de técnicos de diversos órgãos do governo brasileiro. O objetivo e que um segundo satélite, com previsão de lançamento até 2020, seja construído inteiramente no Brasil.



Capacidade
Com um investimento de, aproximadamente, R$ 1,7 bilhão, 5,8 toneladas e capacidade de transmitir 54 gigabits por segundos, o satélite geoestacionário vai operar na chamada banda X, faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, além de ser também utilizado para levar internet em alta velocidade, via banda KA, a regiões remotas do país, como a Amazônia. Hoje, as comunicações militares brasileiras são realizadas por meio do aluguel da banda X em dois satélites privados, ao custo anual de R$ 13 milhões. Quando o satélite SGDC já estiver operando, o Ministério da Defesa vai manter apenas um desses contratos com operadores privados, apenas como garantia em caso de possíveis falhas no SGDC.

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