Zero Hora
7 de março de 2016
Estação Espacial Internacional |
Mais de 120 cientistas começaram nesta segunda-feira uma reunião em Costa Rica para discutir a democratização da tecnologia aeroespacial, com vista a facilitar o acesso dessa disciplina aos países em desenvolvimento.
Os especialistas, muitos deles astronautas, defenderam a necessidade de todos os países, não importa quão pequenos, de ter acesso à tecnologia espacial, que tem aumentado o conhecimento da agricultura e dos oceanos, melhorando a previsão do tempo e compreensão fenômenos como as alterações climáticas.
"Há 30 anos, quando estávamos no espaço, olhamos através de uma janela e vimos nosso planeta azul. Parecia frágil, suspenso no meio do espaço. Nós não vimos divisões políticas, nem divisões religiosas, tampouco divisões raciais. Estamos nisto juntos", lembrou o senador americano Bill Nelson, um astronauta que participou em 1986 da viagem do ônibus espacial Columbia.
Nelson e os outros membros dessa missão comemoraram na Costa Rica o 30º aniversário da viagem espacial, convidados pelo costarriquenho Franklin Chang, um dos membros de Columbia e organizador do evento.
Chang observou que a tecnologia espacial é um mercado de 300 bilhões de dólares e cresce a uma taxa de 5% ao ano, considerando que há espaço para que os pequenos países participem desse mercado.
"O espaço é o nosso futuro (e) deve ser compartilhado em conjunto por todos os seres humanos, um futuro de cooperação e não de confronto, inclusão e não de exclusão", disse Chang.
A este respeito, o presidente da Costa Rica Luis Guillermo Solis disse na abertura do fórum que seu país tem 110 empresas ligadas à indústria aeroespacial que geram 4.000 postos de trabalho.
Lembrou que os países da América Central trabalham na construção de um satélite de pequenas dimensões que pretendem lançar em 2018 para monitorar a cobertura florestal do istmo.
"Nós temos que nos preocupar com o espaço, tanto quanto fazemos pelo nosso planeta. Neste momento em que muitos países estão na vanguarda da exploração espacial, devemos trabalhar em conjunto para garantir o uso responsável e garantir a sustentabilidade para o benefício da humanidade", destacou Solis.
A italiana Simonetta Di Pippo, diretora do escritório da ONU para Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA), destacou que o fórum da Costa Rica ajudará a "aumentar a consciência sobre os benefícios da tecnologia espacial humana e suas múltiplas aplicações".
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