Agência CT&I
19 de dezembro de 2016
Porto Digital, de Recife, é um dos parques tecnológicos que firmou o convênio - Foto: Divulgação Internet |
Três parques tecnológicos brasileiros firmaram um convênio que permitirá o intercâmbio entre empresas instaladas em seus ambientes de inovação, a partir da criação de um programa de soft landing, cujo objetivo é abrigar e prestar suporte temporário a empresas visitantes. A parceria, inédita no País, foi assinada pelo Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Tecnopuc), e o Porto Digital, de Recife.
Ainda este mês, as três instituições farão uma chamada interna para identificar as empresas que têm interesse na mobilidade entre os ambientes. “Identificando a potencialidade e a necessidade de essa empresa aproveitar essa oportunidade, ela vai para esse ambiente destino por um tempo determinado. A gente está dizendo que é uma experiência, ou soft landing, temporário”, explicou a gerente de Articulações do Parque Tecnológico da UFRJ, Lucimar Dantas.
A chamada ficará aberta durante 30 dias para a inscrição das empresas interessadas, que terão até fevereiro para se organizarem. No período de março a maio de 2017, as selecionadas vão efetivar sua participação no programa. O cronograma ocorrerá simultaneamente nas três instituições.
A expectativa é que ao final do período temporário dessa experiência, a empresa tenha mais facilidade para tomar uma decisão no sentido de expandir o negócio de forma definitiva.
Participação
No primeiro ano do programa, participarão cinco empresas de cada parque. Os candidatos têm que apresentar motivação para participar do programa e o que esperam receber de apoio do parque destino. Lucimar Dantas informou que o parque, por sua vez, tem que estar apto para oferecer o que a empresa está demandando. “As conexões que o parque tem no local têm que dar liga às expectativas que a empresa espera da experiência no local”.
O convênio visa fortalecer a integração das empresas com os ambientes de inovação. A ideia é expandir a parceria para outros estados a partir de 2018. “Antes de a empresa pensar em partir para um processo de internacionalização, é importante experimentar outro local dentro do próprio País”, disse a gerente do Parque Tecnológico da UFRJ. Para ela é o primeiro passo para uma expansão internacional e fortalece a gestão das empresas. “Há um amadurecimento para que a empresa possa dar esse passo”.
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