quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Para ministro, acordo com a Coreia do Sul é decisivo para agenda digital do Brasil

MCTIC
15 de dezembro de 2016

Ministro Gilberto Kassab e o embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Jeong-gwan Lee, participaram da assinatura de acordo em TICs. Foto: MCTIC

Inatel e a agência coreana fecham parceria para criar o Centro de Cooperação em Tecnologia da Informação e Comunicação. Secretário de Política de Informática, Maximiliano Martinhão lembra a liderança coreana em TICs.

Os diretores do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Marcelo Marques, e da Agência Nacional de Sociedade da Informação da Coreia do Sul (NIA, na sigla em inglês), Myungha Hong, assinaram nesta quarta-feira (14) um acordo de colaboração para estabelecer o Centro de Cooperação em Tecnologia da Informação e Comunicação (CCTIC). Anfitrião do ato, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, destacou a relevância para o Brasil de trabalhar em conjunto com a Coreia do Sul.

"Trata-se de uma parceria muito importante para o Brasil que vai nos permitir avançar muito", comentou Kassab, ao se revelar um admirador da transformação ocorrida na Coreia do Sul desde a década de 1960, quando o país iniciou seu processo de desenvolvimento econômico e tecnológico. "O Inatel é uma instituição tecnicamente habilitada a obter o melhor resultado possível nessa parceria com a agência de sociedade da informação."

Segundo o embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Jeong-gwan Lee, justamente por ter sua capacidade reconhecida em ciência, tecnologia e inovação, a nação asiática busca compartilhar o conhecimento que acumula. "Nesse sentido, talvez seja um país bastante adequado para fazer esse tipo de cooperação", comentou. "Nosso desejo é que, a partir do ano que vem, já com base na assinatura desse acordo, realizemos juntos vários projetos concretos."

Colaboração

O secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, destacou que o acordo entre Inatel e NIA materializou documentos assinados pelos dois governos em abril de 2015, durante visita oficial da presidente Park Geun‐hye ao Brasil. Na ocasião, o Ministério da Ciência, Tecnologias da Informação e Comunicação e Planejamento Futuro da Coreia do Sul (MSIP, na sigla em inglês) firmou uma carta de intenções com o extinto Ministério das Comunicações e um memorando de entendimento sobre economia criativa com o então Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Na visão do secretário, a parceria ganhou ainda mais relevância com a fusão das pastas brasileiras. "Porque agora o nosso ministério se assemelha muito ao sul-coreano", explicou.

Maximiliano informou à delegação asiática que uma das prioridades da atual gestão do MCTIC é avançar em tecnologias da informação e comunicação (TICs) e na agenda digital. "Hoje, nós fizemos uma aliança com um país que é líder mundial em TICs. E para falar do nosso lado, o Brasil entra com um mercado inovador, uma população que adere fácil ao setor e um grande desejo de avançar em 5G e Internet das Coisas."

O diretor da NIA, Myungha Hong, integrou a delegação sul-coreana na visita presidencial do ano passado. "Fechamos inúmeros acordos naquela ocasião e, um ano e meio depois, a cooperação evoluiu bem", lembrou. "A assinatura do acordo representa o primeiro passo concreto nesse trabalho. O Brasil é capaz de colaborar em áreas como 5G, Internet das Coisas e segurança cibernética."
Estabelecida em 1987 e hoje ligada ao MSIP, a NIA é a principal instituição de pesquisa estatal sul-coreana em temas como governo eletrônico e infraestrutura de TICs. A agência mantém projetos conjuntos com mais de 80 países, dentre CCTICs, centros de acesso à informática e programas de capacitação.

Fundado em 1965, em Santa Rita do Sapucaí (MG), o Inatel é um centro de excelência em ensino e pesquisa de engenharia de telecomunicações e outros cursos de graduação associados. A instituição é privada e sem fins lucrativos, mantida pela Fundação Instituto Nacional de Telecomunicações (Finatel).

A previsão é de que a realização do projeto do CCTIC leve três anos, de 2017 a 2019, com contribuição de US$ 1 milhão por país. O governo sul-coreano possui centros semelhantes no Chile, na Colômbia e no México.

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