Agência ABIPTI
27 de junho de 2017
Autoridades do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e do Ministério da Economia e Indústria israelense pretendem expandir o mecanismo de financiamento de projetos conjuntos entre empresas dos dois países. A iniciativa foi anunciada nesta segunda-feira (26), em Jerusalém, no segundo dia da missão brasileira a Israel.
Para participar é preciso que o projeto seja inovador, e que envolva o desenvolvimento de tecnologia dos dois países de forma equilibrada. “Estamos expandindo as formas de financiamento e aumentando o leque de opções para que as empresas brasileiras e israelenses possam desenvolver em conjunto projetos inovadores”, afirmou o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.
Segundo o secretário de Inovação e Novos Negócios do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Vinícius Souza, que participa da missão, a ideia é incentivar a complementação de tecnologias. “Assim, uma empresa brasileira pode desenvolver um projeto de inovação com uma empresa israelense por meio do nosso edital lançado hoje".
Do lado brasileiro, além do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as empresas passam a contar com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Do lado israelense, o governo financia as empresas do país.
A cooperação está em sua 4ª edição, porém, segundo Marcos Vinícius, foi revista e expandida. “A partir de agora, além de financiamento, pela primeira vez, será oferecido mecanismo de subvenção aos participantes”, disse.
O ministro da Economia e Indústria israelense, Eli Cohen, ressaltou a importância da iniciativa. “Brasil e Israel são complementares, não competidores. Nós vemos o mercado brasileiro como muito importante”, comentou.
Tecnologia para o mercado
Outro compromisso da delegação brasileira em Jerusalém foi uma visita à Yissum, empresa de transferência de tecnologia da Universidade de Jerusalém, com longa tradição de excelência. Fundada em 1925, a empresa já teve nomes como Albert Einstein e Sigmund Freud em seu conselho superior. A Yissum tem, atualmente, mais de 6 mil patentes registradas, muitas delas na área médica.
Antes de chegar a Jerusalém, a delegação do MDIC conheceu a maior planta de dessalinização do mundo. A Usina de Sorek faz parte de um sistema composto por cinco unidades em todo o país, que fornece 42% de toda a água utilizada pelos israelenses. O CEO de Sorek, Ronen Hadash, enfatizou que o Brasil pode se beneficiar da tecnologia israelense, que tem permitido que a população, a indústria e a agricultura local tenham acesso à água.
(Agência ABIPTI, com informações do MDIC)
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