Causas dos riscos de desastres, aumento da vulnerabilidade e discussões sobre Educação, sustentabilidade e resiliência são os temas que serão coordenados, em duas mesas-redondas, por pesquisadores do Cemaden, nas abordagens sociológica, antropológica e educacional.
O II Congresso Brasileiro de Redução de Riscos e Desastres (RRD), a ser realizado no período de 10 a 14 de outubro, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), na capital do estado, contará com duas mesas-redondas coordenadas por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
O objetivo do congresso é promover o intercâmbio de informações e experiências entre as instituições públicas e privadas, universitárias ou institutos de pesquisa, empresas privadas e instâncias governamentais das áreas afins, entre outros, por meio de palestras, oficinas, feiras, apresentação de trabalhos científicos, tendo como referência o marco de Sendai.
Organizado por diversas instituições acadêmicas e outras relacionadas ao tema redução de riscos de desastres (RRD), o Cemaden tem a participação na comissão científica do congresso, representada pelos pesquisadores Leonardo Bacelar Lima Santos, Sílvia Midori Saito e Victor Marchezini. O evento tem a finalidade de implementar parceria para propor soluções sobre a temática RRD, fomentando a inovação nas instituições por meio da cooperação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico e auxiliar na tomada de decisões e orientações de pesquisas em áreas afins.
Mesa-redonda para debates sobre o aumento da vulnerabilidade e dos eventos extremos
A mesa temática “ Desenvolvimento e construção de riscos de desastres: causas de fundo, pressões dinâmicas e intensificação da vulnerabilidade ” será coordenada pelo sociólogo e pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini, em parceria com os pesquisadores Teresa Rosa (Núcleo de Estudos Urbanos e Socioambientais, Universidade Vila Velha -ES) e Alonso Brenes Torres (Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais – FLACSO).
“A mesa de trabalho visa promover o debate sobre experiências latino-americanas de pesquisas voltadas para a grande área da RRD no recorte interdisciplinar.” ,explica o pesquisador Marchezini e complementa : “ Essas pesquisas procuram compreender as relações envolvidas entre modelos de desenvolvimento e geração de riscos de desastres, identificando suas regularidades, dinâmicas de transformação e desafios associados à redução de vulnerabilidades”.
Visando criar as bases para um projeto em rede que promova o diálogo e o apoio a pesquisas sobre este tema da mesa de trabalho, os coordenadores da mesa-redonda lançaram uma chamada para debatedores e pessoas interessadas no tema. A chamada para debates e informações dessa mesa-redonda estão disponibilizadas no endereço: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeLuxurXojx-tjoMbNM7reYhKheiIiVrljnMthiIjOGXldSXw/viewform
Conscientização pública sobre a prevenção de riscos de desastres
A mesa-redonda “Educação, Sustentabilidade e RRD” será composta por profissionais com experiência em Educação em redução de riscos de desastres (RRD). A abordagem mais ampla será centrada nas pessoas para prevenir os riscos de desastres, com base nas recomendações do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR, sigla em Inglês), promovendo estratégias nacionais para reforçar a educação e a conscientização sobre a redução do risco de desastres.
Nessa mesa temática, os coordenadores da proposta são a coordenadora do Projeto Cemaden Educação, antropóloga Rachel Trajber, o pesquisador prof. Masato Kobiyama, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Victor Marchezini, pesquisador do Cemaden.
A pesquisadora do Cemaden, Rachel Trajber, lembra que – as recomendações e estratégias para se criar uma cultura de resiliência e sustentabilidade por meio da Educação, em todos os níveis – já foram estabelecidas em documentos internacionais, assinados pelo Brasil, além dos instrumentos legais e normativos nacionais para a atuação nesse campo também são desenvolvidos no país. “Os Marcos de Ação de Hyogo (2005-2015) e o de Sendai (2015-2030), por exemplo, definem as prioridades para as ações, envolvendo crianças e jovens como agentes de mudança e na contribuição para a redução do risco de desastres, de acordo com a legislação, práticas e currículos da educação nacional.”, enfatiza a pesquisadora do Cemaden.
Para compor a mesa “Educação, Sustentabilidade e RRD” foram convidados especialistas, que atuam em projetos de Educação para a RRD, em diversas localidades do país. Além da participação do Cemaden e da UFRGS, compõem a mesa representantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro; da Universidade Federal Fluminense – Campus Niterói; da Secretaria do Estado de Educação de São Paulo. Dentre os participantes da mesa haverá um jovem brasileiro que é ponto focal do United Nations Major Group for Children and Youth (UNMGCY).
Informações e programação do II Congresso Brasileiro de Redução de Risco de Desastres estão disponibilizados no site : http://www.cbrrd.com.br/programacao
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