AEB
23 de março de 2017
Foto: Thales Alenia |
O engenheiro mecânico Erlan Cassiano, da Agência Espacial Brasileira (AEB), constatou que o volume adicional do tanque de combustível do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), prestes a ser lançado ao espaço, em Kourou, na Guiana Francesa, poderia aumentar em até seis meses a vida do satélite.
Cassiano faz parte do seleto grupo de profissionais enviado a Cannes, na França, que integrou o processo de absorção e transferência de tecnologia firmado com a Thales Alenia Space e o governo brasileiro para capacitação de técnicos.
Erlan ficou dois anos e oito meses em Cannes. Após a seleção interna feita pela AEB, ele fez os cursos iniciais e avançados ministrados pela Thales, os quais nivelaram todos os candidatos selecionados.
“Cada candidato foi trabalhar na área de seu interesse, supervisionado por um coach que fazia a interface entre a Thales e o grupo de absorção de tecnologia. Eu fui para a área de propulsão de satélite, já trabalhava com isso nos laboratórios da UnB, mas ainda não tinha experiência com propulsão satelital”, disse.
“O tempo de vida do satélite é limitado pela quantidade de combustível que é colocada em órbita. Erlan observou que uma pequena margem de volume de combustível não era considerada adequadamente pela metodologia de carregamento do tanque. O tanque tem a espessura muita fina, o combustível fica pressurizado, e com isso o tanque se expande. Isso permite a colocação de um volume adicional”, afirmou o engenheiro formado pela Universidade de Brasília (UnB).
“Cada candidato foi trabalhar na área de seu interesse, supervisionado por um coach que fazia a interface entre a Thales e o grupo de absorção de tecnologia. Eu fui para a área de propulsão de satélite, já trabalhava com isso nos laboratórios da UnB, mas ainda não tinha experiência com propulsão satelital”, disse.
“Em Cannes aprendi como especificar equipamentos, quando um satélite vai para o espaço, bem como sua posição ideal, aprendi fazer correções ao longo da vida do satélite, por causa do sol, da lua e da própria gravidade da terra. Para acertarmos todos esses fatores temos que usar o sistema de propulsão. No caso do SGDC são utilizados um combustível e um oxidante, temos que prever tudo para o sistema funcionar bem ao longo dos 15 anos de vida”, ressaltou.
“Uma das minhas principais tarefas lá era avaliar a performance do satélite ao longo da vida. Tive que avaliar a vida útil do satélite como ia ser a pressão, a performance dos propulsores, a variação de temperatura e a medição do combustível”, concluiu. O método sugerido por Erlan foi levado à empresa, a sugestão foi validada e incorporada ao projeto.
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