segunda-feira, 27 de março de 2017

Engenheiro colabora no processo de montagem e integração do SGDC

AEB
23 de março de 2017



Formado pela Universidade de Brasília (UnB) em Engenharia Mecânica, com mestrado em Ciências Mecânicas, Cristiano Vilanova foi um dos técnicos que participou da montagem e integração técnica do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), em Cannes, na França.

Entre idas e vindas, Cristiano ficou cerca de dois anos em Cannes. Ele conta que acompanhou todas as fases e etapas do satélite, dando ênfase para a de seu domínio, ou seja, a parte de integração mecânica, “Eu espero ser capaz de fazer tudo que diz respeito à montagem e integração”.

“A montagem é simplesmente colocar os equipamentos nos lugares, já a integração garante o funcionamento dos equipamentos. Além de fixar os equipamentos, você tenta garantir a conexão com as outras partes do satélite para evitar danos em alguma peça. Se tudo estiver correto, o satélite está integrado. Todo equipamento tem um critério de integração”, ressalta o engenheiro.

O conhecimento adquirido no programa de absorção e transferência de tecnologia não ficou restrito ao SGDC, mas também poderá ser aplicado à construção de outros satélites. Cristiano revela: “São vários os requisitos que precisam ser demonstrados, como a questão da internet, na área militar. Aí entram os testes. À medida que o equipamento vai sendo montado vai se antecipando os testes”.

Ele afirma que a ideia é aplicar esses conhecimentos que adquiriu em futuros projetos de satélites brasileiros. “A Agência Espacial Brasileira (AEB) está com uma filosofia de desenvolvimento de microssatélite. A ideia é elaborar um plano de integração para esse satélite. Sair da área burocrática e desempenhar um trabalho mais técnico”, finaliza o engenheiro.

Com 5 metros de altura e pesando 5,8 toneladas, o SGDC é um projeto do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Ministério da Defesa.  O satélite ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da Terra, cobrindo todo o território nacional e parte do oceano Atlântico. Ele vai operar nas bandas X e Ka, destinadas respectivamente ao uso militar — que representa 30% da capacidade total do equipamento — e ao uso cívico-social, provendo banda larga às regiões mais remotas do Brasil – que representa os outros 70% da capacidade total do satélite.

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