INPE
15 de maio de 2017
Foto: INPE |
Pela primeira vez pesquisadores registraram imagens de raios atingindo para-raios de prédios comuns com uma câmera de alta velocidade. Os resultados dessa pesquisa e as imagens foram publicados em um artigo da Geophysical Research Letters. As imagens também foram divulgadas na seção de vídeos do facebook da American Geophysical Union, responsável pela publicação da pesquisa. Em poucos dias, o vídeo teve mais de 11 mil visualizações.
A pesquisa foi conduzida por um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ambos do CCTA, da empresa APTEMC - Análises, Pareceres e Treinamento em EMCe Universidade de Witwatersrand, da África do Sul. Marcelo Saba, pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST), do INPE, e coordenador do projeto, explica que o estudo teve como objetivo compreender melhor como os para-raios funcionam. O estudo adotou como referência prédios residenciais de altura média na cidade de São Paulo.
Capturar cenas do momento em que o relâmpago atinge construções e prédios, em alta resolução, é muito difícil, comenta Saba. Os resultados só foram possíveis devido à proximidade das câmeras com os prédios e à alta velocidade da câmera (20 mil imagens por segundo). Segundo o pesquisador, esses registros serão úteis para confirmar modelos e teorias que determinam a zona de proteção dos para-raios.
As cenas capturadas mostram descargas se aproximando dos prédios. Quando isso acontece, os para-raios lançam descargas ascendentes que se conectam naquelas que descem das nuvens. A conexão das duas descargas forma o canal do raio, momento de maior luminosidade e corrente elétrica. As imagens dos relâmpagos também podem ser conferidas no youtube.
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