25 de abril de 2017
O primeiro satélite brasileiro de Observação da Terra, o Amazônia 1, previsto para ser lançado no próximo ano é um dos destaques da exposição Inovanças – Criações à Brasileira, que estará aberta ao público a partir desta terça-feira (25.04) até o mês de outubro, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
Os visitantes terão a oportunidade de conhecer cerca de 40 projetos inovadores, pensados e realizados por brasileiros que transformaram vidas pelo país e pelo mundo. A exposição do Amazônia 1 será um ganho relevante para os visitantes que terão a oportunidade de conhecer um satélite e seus benefícios, antes de ser lançado.
Construído quase que totalmente pela indústria nacional, o Amazônia-1 nasceu de uma ideia genuinamente brasileira. “Imagino que somos capazes de explicar a importância desse feito aos brasileiros. O satélite é um instrumento que oferece uma variedade enorme de serviços em benefício da população. Estamos trabalhando para que, em breve, essa família de satélites seja desenvolvida completamente pela indústria nacional”, afirmou José Raimundo Braga, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB).
“O Amazonia-1 é uma família de satélites de observação terrestre com base em uma iniciativa excepcional na área espacial brasileira, chamada plataforma multimissão (PMM), objeto de responsabilidade da AEB. A PMM é um contrato feito com a indústria nacional para desenvolver esse conceito multimissão junto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ressaltou Braga.
O primeiro satélite de Observação da Terra, o Amazônia-1, é completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. É um satélite de órbita Sol síncrona (polar) que irá gerar imagens do planeta a cada cinco dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível – VIS – e 1 banda próxima do infravermelho – Near Infrared ou NIR) capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 60 metros de resolução.
Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita (5 dias), tendo, com isso, capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Esta característica é extremamente valiosa em aplicações como alerta de desmatamento na Amazônia, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis diante da cobertura de nuvens na região.
Os satélites da série Amazonia serão formados por dois módulos independentes: um Módulo de Serviço, que é a Plataforma Multimissão (PMM), e um Módulo de Carga Útil, que abriga câmeras imageadoras e equipamentos de gravação e transmissão de dados de imagens.
A figura abaixo ilustra o satélite Amazonia-1 com seus dois módulos acoplados: Plataforma Multimissão (Módulo de Serviço, inferior) e o Módulo de Carga Útil (parte superior do satélite). Os painéis de fechamento estão separados para ilustrar a disposição interna dos equipamentos e subsistemas. O painel solar é mostrado em sua posição recolhida (configuração da fase de lançamento).
A Missão Amazonia irá fornecer dados (imagens) de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento especialmente na região amazônica e, também, a diversificada agricultura em todo o território nacional com uma alta taxa de revisita, buscando atuar em sinergia com os programas ambientais existentes.
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