quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Pesquisas dos Laboratórios Associados se concentram no desenvolvimento de tecnologias críticas aplicadas às atividades espaciais

INPE Informa
31 de agosto de 2016

Edson Del Bosco - Coordenador do CTE - Foto: INPE

Durante o processo de discussão do novo Plano Diretor, a Coordenação dos Laboratórios Associados (CTE), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), decidiu modificar a inserção da pesquisa e desenvolvimento (P&D) de seus quatro laboratórios associados no planejamento do período de 2016 a 2019. Ao invés de vincular as metas às missões de satélites, como no passado, optou-se por enfatizar de forma genérica o desenvolvimento de tecnologias críticas voltadas às atividades espaciais. Com isso, foram estabelecidas metas que representavam melhor a diversidade das pesquisas e desenvolvimentos de seus quatro laboratórios: sensores e materiais, plasma, combustão e propulsão e computação e matemática aplicada. 

Para o coordenador da CTE, Edson Del Bosco - entrevistado desta edição do INPE Informa para a série de matérias sobre o Plano Diretor - foi um erro ter definido, nos planos diretores e plurianuais anteriores, metas associadas de modo muito restrito aos programas de satélite do INPE. Del Bosco explica que as atividades de alguns pesquisadores ficaram totalmente atreladas e "amarradas" aos cronogramas de satélites, que em geral costumam atrasar. Se por um lado o cumprimento das metas não ocorria no prazo estipulado, pois dependia da evolução de outras atividades e de liberação de recursos, por outro, a CTE desenvolvia tecnologias e inovações que não tiveram visibilidade. 

Nesta entrevista, Del Bosco destaca ainda a grande capacidade dos pesquisadores e tecnologistas da CTE de obter aprovação em projetos submetidos às agências de fomento, o que tem quase dobrado o orçamento da área nos últimos anos. Quando recursos de infraestrutura da FINEP são liberados para projetos como o PROPSAT (para ampliação e modernização dos bancos de teste do Laboratório de Combustão e Propulsão – LCP), o total liberado pelas agências acaba superando o montante de recursos da União, com a vantagem de se ter maior facilidade de execução desses recursos, destaca Del Bosco. 

Por outro lado, o coordenador dos Laboratórios Associados chama atenção para a queda do número de artigos publicados nos últimos anos, ainda alto, mas que já reflete a diminuição do número de servidores da área, que se aposentam sem haver uma reposição adequada. Confira ainda, nesta entrevista, as mudanças previstas para as pesquisas em fusão nuclear, do Projeto Tokamak, e o envolvimento da CTE na missão ASTER, em parceria com os russos. 

Confira a entrevista completa aqui.


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