quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Institutos do MCTIC podem contribuir para que o Brasil supere dificuldades, diz ministro

MCTIC
14 de setembro de 2016

Ao lado do presidente do Conselho de Administração, Eduardo Krieger, e do presidente Mariano Laplane, ministro participou da cerimônia em comemoração aos 15 anos do CGEE - Crédito: Ascom/MCTIC
Gilberto Kassab participou da cerimônia em comemoração aos 15 anos do CGEE. "Esse salto que o país precisa dar vai ser baseado no desenvolvimento científico e tecnológico e na inovação", acrescentou o cientista Eduardo Krieger.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, reconheceu nesta terça-feira (13) a excelência do trabalho desenvolvido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) desde a sua criação, há 15 anos, e ressaltou a necessidade de fortalecer a parceria com as instituições vinculadas ao MCTIC para que o país supere o momento difícil.

"Posso dizer a cada um de vocês que estamos totalmente convencidos da importância do CGEE", disse Kassab. "Buscamos não apenas direcionar mais recursos, mas estabelecer mais parcerias, para que o Centro, assim como as demais instituições vinculadas ao MCTIC, tenha condições de contribuir para que o Brasil ultrapasse esse momento difícil, gerando oportunidades e novos empreendimentos, formando quadros e passando a viver melhores momentos."

Criado em 2001, a partir dos debates da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o CGEE surgiu com objetivo de modernizar o processo de formulação de políticas públicas na área. Até o momento, a organização social produziu 450 estudos em setores como desenvolvimento regional, energia, meio ambiente, produção de alimentos e recursos humanos. Hoje, o Centro é considerado referência nos campos da prospecção, do mapeamento de competências, da avaliação e do monitoramento de programas, das tendências de futuro e da identificação de oportunidades tecnológicas.

Kassab cumprimentou, pelo trabalho já desenvolvido, os presidentes do CGEE, Mariano Laplane, e do Conselho de Administração do Centro, Eduardo Krieger, e relatou ter ouvido preocupações da comunidade científica com a nova fase da organização social, que vai até 2021, alinhada à renovação do contrato de gestão com o MCTIC, em construção. "Ao longo dos próximos anos, nós temos que estabelecer novas missões e compromissos com a nação, para elevar mais ainda a quantidade e a qualidade dos trabalhos aqui realizados."

Expectativas

Na visão de Krieger, o CGEE tem alcançado os propósitos para os quais foi imaginado. "Eu acho que, honestamente, nós cumprimos essa obrigação inicial", avaliou. "Podia ter se feito mais? Talvez. Dadas às circunstâncias do país, o Centro procurou satisfazer ao objetivo de subsidiar o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. Mas ainda tem muito que andar, muito que se fazer. Nesse tempo todo, ele se preparou para a nova fase que teremos."

Krieger ressaltou que, em 40 anos, o país elevou sua produção científica de 3 mil trabalhos anuais para 50 mil. "Formávamos 500 doutores em 1980 e hoje estamos formando 17 mil, 18 mil. Tínhamos uma incipiente ligação entre universidades e empresas e agora temos exemplos pujantes", comparou. "Em suma, o país está maduro. Por que Coreia do Sul, Islândia e China tiveram avanço tremendo em pouco tempo? 

Eles planejaram e executaram uma política de Estado considerando ciência, tecnologia e inovação fundamental. Nós temos feito parte disso, mas não ainda na intensidade necessária."
Para o presidente do Conselho de Administração, o CGEE está preparado para subsidiar o avanço nacional. "Esse salto que o país precisa dar vai ser baseado, seguramente, no desenvolvimento científico e tecnológico e na inovação, bases para o progresso social e econômico do país", afirmou Krieger.

Já o embaixador Ronaldo Sardenberg, ministro da Ciência e Tecnologia de 1999 a 2003, recordou que o CGEE derivou de um centro de estudos da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). "O Brasil carece de think tanks, órgãos que se encarregam justamente dos aspectos de pensamento, presentes em nações como Argentina, Chile e México", comentou. "Trata-se de uma maneira diferente de tratar as coisas, para responder às necessidades do país como um todo, em matéria de olhar para o seu futuro, pensar o seu futuro e, mais importante ainda, agir pelo seu futuro."

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