terça-feira, 31 de maio de 2016

Diretor do INPE recebe premiação da NASA no Consulado dos Estados Unidos

INPE
31 de maio 2016

Valor Econômico/Divulgação

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Leonel Perondi, participa nesta terça-feira (31/5), das 14h às 15h, de uma cerimônia de premiação no Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo.

Na ocasião, receberá um certificado conferido pela NASA em reconhecimento à sua liderança no avanço da cooperação das atividades espaciais civis entre o Brasil e os Estados Unidos.

Curso de Inverno 2016 - Introdução às Tecnologias Espaciais

INPE
31 de maio de 2016

SCD-1 - Foto: AEB

Objetivos 

Introduzir aos alunos de Graduação, noções básicas de Engenharia e Tecnologia Espaciais, com ênfase em Engenharia de Sistemas, em projeto, montagem, testes e operação de satélites. Outro objetivo do curso é despertar o interesse dos alunos pelas atividades das áreas espaciais, em particular pelas atividades acadêmicas (Mestrado e Doutorado). 

O Curso 

O Curso de Inverno 2016 terá a duração de 3 semanas (2 semanas de curso teórico e 1 semana de estágio técnico). Em 2016, o Curso de Inverno será realizado de 04 a 22 de julho, em período integral. De segunda a sexta feira, das 8hs às 17h30 no INPE de São José dos Campos-SP. 

Nas duas primeiras semanas, serão proferidas palestras nas áreas de Computação, Ciência Espacial e de Observação da Terra. O mini-estágio técnico terá duração de 5 dias (o número de vagas para os mini-estágios dependerá da disponibilidade dos especialistas das áreas). 

Neste período, também serão realizadas visitas técnicas ao LIT (Laboratório de Integração e Testes), ao Centro de Controle de Satélites (CCS) e à Divisão de Eletrônica Aeroespacial - Programa Espacial Brasileiro. 

Um certificado de participação será fornecido a todos os participantes com frequência mínima de 80% das aulas/palestras. 

Benefícios 

O curso será gratuito. Entretanto os alunos/participantes deverão arcar com despesas de acomodação e de alimentação durante todo o período do curso.

Kassab falará sobre fusão de ministérios na próxima semana

Agência Senado
31 de maio de 2016 - 10h48

Lasier Martins, presidente da CCT - Foto: Agência Senado

O ministro da Comunicação, Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, apresentará na próxima terça-feira (7) ao Senado seu plano de trabalho para a pasta. A vinda de Kassab foi confirmada pelo presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), senador Lasier Martins (PDT-RS), nesta terça-feira (31).

A ideia é que Kassab fale durante a reunião da CCT sobre a fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o das Comunicações. Em audiência pública na semana passada a comunidade científica e senadores pediram o restabelecimento da autonomia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A alteração na estrutura administrativa do governo foi feita pelo presidente da República interino, Michel Temer, por meio de medida provisória (MP 726/2016), publicada no dia 12 deste mês, mesmo dia em que tomou posse.

O requerimento de convite ao ministro foi aprovado na reunião do último dia 17. Lasier Martins argumentou que a área de ciência e tecnologia, tem sido afetada por cortes no orçamento e contingenciamento de recursos dos fundos setoriais. Para o senador será importante abordar o ministro sobre a insatisfação da classe científica com a pouca atenção dada ao setor, sentimento reforçado agora com a fusão das pastas.

Reestruturação do INPE: Minutas de 2012 comprovam intenções

Redação SindCT
Shirley Marciano
31 de maio de 2016



Quem se lembra dessa notícia abaixo? Eu a resgatei porque chegou hoje à redação as minutas que comprovam que o então ministro Marco Antonio Raupp-- este que nunca escondeu sua visão privatista-- queria mesmo juntar o INPE à AEB e dividir o Instituto em várias partes. 
Mas houve resistência. No dia do aniversário do INPE de 51 anos, em 2012, todo mundo vestiu a camisa preta para dizer "não à reestruturação".

Confira as Minutas.


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Reestruturação:  Camisa preta contra o desmonte do Instituto nos 51 anos de INPE 


Foto: Fernanda Soares
Jornal do SindCT
Por Shirley Marciano

No último dia 11, a comemoração dos 51 anos do INPE foi marcada por protestos. O evento aconteceu no Auditório do Laboratório de Integração e Testes – LIT e o objetivo da categoria foi demonstrar sua contrariedade com relação a uma mudança pretendida pelo MCTI, que tem sido vista com muita desconfiança pelo servidor. Esse arranjo, que coloca o INPE subordinado à AEB, diferente do que o Ministro Marco Antonio Raupp declarou durante o evento, não vem sendo conduzida de forma transparente, haja vista a existência do trâmite oculto de uma minuta de Decreto, datada de janeiro de 2012, que não foi discutida com a categoria nem com o sindicato.

Para piorar, o que deixou os servidores ainda mais apreensivos, foi a publicação, no Diário Oficial da União, de uma Portaria, a qual integra CPTEC e INMET, trazendo à tona um rol de preocupação, que se apoia na tese de que o INPE será fragmentado. Por tudo isso, o MCTI não tem o apoio dos funcionários do INPE. Cabe ressaltar que nem mesmo o diretor do Instituto conhece o teor dessas mudanças, o que reforça a reação da comunidade às pretensões do ministro.

Quando o SindCT deu início à distribuição de camisetas pretas com os dizeres “Não ao Desmonte do INPE”, houve um espontâneo interesse da maioria dos servidores em vesti-las. Isto evidencia um forte e consciente anseio por esclarecimentos acerca deste assunto, por entender que tais mudanças têm potencial possibilidade de afetá-lo em sua atividade e carreira. 

Durante o evento, o diretor do INPE, Fernando Perondi cumprimentou cada um dos servidores, representados pelos colaboradores que faziam 10, 15, 20 25, 30, 35, 40 e 45 anos de casa. Falou dos projetos importantes que foram desenvolvidos pelo INPE durante os seus 51 anos, como os CBERS, Amazônia I, os Sistemas Inerciais e diversos outros realizados ao longo de toda sua história. E finalizou o discurso, dizendo: “Dedicação
é o aporte do futuro. Portanto, não esmoreçam”.

Em seguida, o Ministro Marco Antonio Raupp parabenizou todos os inpeanos, cumprimentou as autoridades, os representantes de órgãos e institutos que estavam presentes na solenidade, destacou a importância de cada um na geração de tecnologia e de conhecimento. No momento em que o ministro estava citando os presentes, foi questionado por servidores com relação à reestruturação pretendida para o INPE.

Visivelmente contrariado e em tom de desabafo, Raupp defendeu seu ponto de vista com relação às tais mudanças.
Rebateu as críticas, dizendo que não tem intenção em desmontar o INPE, mas confirmou que vai colocá-lo subordinado à AEB, a exemplo do que acontece em outros países. Entretanto, tal afirmação remete ao questionamento de estrutura idealizado por ele, já que o INPE possui atividades que não são da área espacial e que, portanto, não poderiam ficar dentro da AEB. 

Sobretudo, Raupp demonstra um anseio injustificável de tal propósito, pois não está claro os supostos problemas que ensejam as alterações almejadas por ele. O ministro insiste em afirmar que já discutiu o tema Reestruturação do INPE e está aberto às sugestões.

Na realidade, houve uma palestra promovida pelo SindCT, quando Raupp era presidente da AEB e apresentou uma proposta de fusão entre os dois institutos, INPE e AEB, criando um novo, na área espacial. Sua ideia inicial apresentava também a intenção de unir a área espacial do IAE, criando a “NASA brasileira”.

As divisões do INPE que não guardassem relação direta com a área espacial poderiam formar um outro instituto, equivalente ao também americano, National Oceanic and Atmospheric Administration – NOAA.

Com sua nomeação ao MCTI, aumenta sua autonomia sobre os institutos e AEB. Aproveitando-se do novo cargo, o ministro agora fala em “reestruturação do ministério” que, nada mais é, a realização de seu sonho de criação de institutos nos moldes americanos.

Diferente do que afirma, desde sua nomeação ao ministério, Raupp não colocou o assunto em pauta com os servidores do INPE, direção ou sindicato em nenhuma oportunidade. O Ministro disse que está aberta a discussão sobre a reestruturação. Então, o SindCT, em nome dos servidores, requer ao ministro que venha discutir o assunto com toda a categoria para que essa minuta e os propósitos dela sejam desmistificados e possam dar lugar a um processo transparente.

O diretor do INPE, Leonel Perondi, foi procurado pelo Jornal do SindCT, mas não retornou o contato.

INPE e SOS Mata Atlântica lançam dados do Atlas dos Remanescentes Florestais no período de 2014 a 2015

INPE
30 de maio de 2016



A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresentaram os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2014 a 2015. A divulgação aconteceu na última quarta-feira (25), na semana em que se comemora o Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio).

O estudo aponta desmatamento de 18.433 hectares (ha), ou 184 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2014 a 2015, um aumento de apenas 1% em relação ao período anterior (2013-2014), que registrou 18.267 ha.

Minas Gerais, que vinha de dois anos de queda nos níveis de desmatamento, voltou a liderar o desmatamento no país, com decréscimo de 7.702 ha (alta de 37% na perda da floresta). A vice-liderança fica com a Bahia, com 3.997 ha desmatados, 14% a menos do que o período anterior. Já o Piauí, campeão de desmatamento entre 2013 e 2014, ocupa agora o terceiro lugar, após reduzir o desmatamento em 48%, caindo de 5.626 ha para 2.926 ha. 

A exemplo dos últimos anos, os três estados se destacam no ranking por conta do desmatamento identificado nos limites do Cerrado. O Piauí abriga o município Alvorada do Gurguéia, responsável pela maior área desmatada entre todas as cidades do Brasil. Entre 2014 e 2015, foi identificado decremento florestal de 1.972 hectares no local. 

Os municípios baianos de Baianópolis (824 ha) e Brejolândia (498 ha) vêm logo atrás, seguidos pelas cidades mineiras de Curral de Dentro (492 ha) e Jequitinhonha (370 ha), localizadas na região conhecida como triângulo do desmatamento, que abriga ainda Águas Vermelhas (338 ha), Ponto dos Volantes (208 ha) e Pedra Azul (73).

Em Minas Gerais, a principal perda de florestas foi da atividade de mineração. Um fato marcante foi o registro de um desmatamento de 258 hectares na cidade de Mariana, 65% deles (169 ha) decorrentes do rompimento de uma barragem em novembro do ano passado. 

Há cerca de três semanas, a Fundação SOS Mata Atlântica entregou relatórios de desmatamento do município e de qualidade da água do Rio Doce a uma comitiva formada pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, pelo prefeito de Mariana, vereadores e autoridades locais, durante visita à região. 

Mapas compilados em parceria com o INPE mostraram o impacto do maior desastre ambiental já ocorrido na Mata Atlântica. Acompanharam também a visita a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), representantes do movimento Mar e Serras de Minas, da Samarco e de movimentos de comunidades locais. Porém, a maior parte do total de desmatamento no estado aconteceu na região de Jequitinhonha, no noroeste do estado, denominado Triângulo do desmatamento.

Além de Minas Gerais, Piauí e Bahia, o Paraná também se encontra em estado de atenção. Enquanto os três primeiros lideram a lista geral, o Paraná foi o que apresentou o aumento mais brusco, saltando 116%, de 921 ha de florestas nativas entre 2013-2014 para 1.988 ha no último período. 

O retorno do desmatamento nas florestas com araucária é o principal ponto de alerta, responsável por 89% (1.777 ha) do total de desflorestamento no estado paranaense no período 2014-2015. Restam somente 3% das florestas que abrigam a Araucaria angustifolia, espécie ameaçada de extinção conhecida também como pinheiro brasileiro.

Nesta edição, todos os 17 Estados apresentaram desmatamento. Enquanto o período anterior trouxe 9 estados no nível do desmatamento zero, ou seja, com menos de 100 hectares de desflorestamento, nesta edição há apenas 7 nesta situação: São Paulo (45 ha), Goiás (34 ha), Paraíba (11 ha), Alagoas (4 ha), Rio de Janeiro (27 ha), Ceará (3 ha) e Rio Grande do Norte (23 ha).

No período de 2014 a 2015 foi identificada supressão da vegetação de mangue apenas em Santa Catarina, em uma área total de 4 hectares. Bahia (62.638 ha), Paraná (33.403 ha), São Paulo (25.891 ha) e Sergipe (22.959 ha) são os Estados que possuem as maiores extensões de mangue. 

Já a supressão de vegetação de restinga foi de 680 ha. O maior desmatamento ocorreu novamente Ceará, com 336 ha, seguido do Piauí (224 ha), Santa Catarina (55 ha), Paraíba (49 ha), Paraná (12 ha) e Rio Grande do Norte (4 ha). 

Os dados completos e o relatório técnico podem ser acessados nos sites www.sosma.org.br e www.inpe.br

Histórico 
Criado em 1985, o monitoramento feito pelo Atlas permite nesta edição quantificar o desmatamento acumulado em alguns Estados nos últimos 30 anos. O Paraná lidera este ranking, com 456.514 hectares desmatados, seguido por Minas Gerais (383.637 ha) e Santa Catarina (283.168 ha). O total consolidado de desmatamento identificado pelo Atlas desde a sua criação, que não incluiu alguns Estados em determinados períodos, chega a 1.887.596 hectares. 

Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE, ressalta os avanços tecnológicos obtidos ao longo dos anos de monitoramento. "O trabalho começou em formato analógico, tudo era feito no papel e identificávamos fragmentos acima de 40 hectares. 

Hoje, na tela do computador, observamos áreas acima de 3 hectares. E há total transparência, tudo o que mapeamos e produzimos é aberto ao público de maneira gratuita. É um serviço que prestamos para toda a sociedade com o objetivo final de garantir a conservação de um patrimônio nacional", diz o pesquisador do INPE.



Confira o total de desflorestamento na Mata Atlântica identificados pelo estudo em cada período (em hectares):
Desmatamento ObservadoTotal Desmatado
(ha)
Intervalo
(anos)
Taxa anual (ha)
Período de 2014 a 201518.433118.433
Período de 2013 a 201418.267118.267
Período de 2012 a 201323.948123.948
Período de 2011 a 201221.977121.977
Período de 2010 a 201114.090114.090
Período de 2008 a 201030.366215.183
Período de 2005 a 2008102.938334.313
Período de 2000 a 2005174.828534.966
Período de 1995 a 2000445.952589.190
Período de 1990 a 1995500.3175100.063
Período de 1985 a 1990536.4805107.296

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Brasil se prepara para lançar satélite geoestacionário

FAB
30 de maio de 2016


FAB
É em Cannes, cidade ao sul da França, que o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) passa, a partir do mês de abril, por testes para simular as condições encontradas no espaço. Com 5,8 toneladas e cinco metros de altura, o satélite será levado para um suporte que o faz vibrar, simulando as condições de lançamento.

Já para os meses de junho e julho está prevista a campanha de testes de comunicações. Dentro de uma câmara anecóica, que não reflete as ondas de rádio, serão avaliadas a qualidade do sistema e das antenas responsáveis por transmitir e receber os sinais. O primeiro teste do satélite, iniciado em março, foi o térmico: o equipamento foi colocado em uma câmara de vácuo e submetido a temperaturas entre -100 °C a 125 °C.

Os testes fazem parte da fase final de preparação para o lançamento, previsto para o segundo semestre de 2016. O SGDC ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo o território brasileiro e o oceano Atlântico. Veja, na página 49, o infográfico que representa a cobertura do SGDC.

De lá, o satélite vai se comunicar com uma antena de 18 metros de altura, 13 metros de diâmetro e 42 toneladas, localizada em Brasília (DF). Uma segunda antena, em um centro de controle secundário, ficará no Rio de Janeiro (RJ).

No espaço, por meio da banda Ka, o SGDC terá capacidade para tramitar 54 gigabits por segundo, sendo considerado pelo Governo Federal como prioritário para expandir o acesso à banda larga em regiões remotas do país. Ao mesmo tempo, por meio da banda X, o satélite será utilizado para transmissões militares.

O projeto, uma parceria entre os ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação, é um investimento da ordem de R$ 1,7 bilhão. A expectativa é entrar em serviço no início de 2017, após um período de ajustes, e permanecer ativo durante quinze anos.

Participação brasileira – De olho no desempenho do satélite estão brasileiros como o Tenente-Coronel Christian Taranti. Engenheiro eletrônico da Força Aérea Brasileira e doutor pela Naval Postgraduate School (EUA), o militar atua na definição dos procedimentos de controle da órbita do satélite, nos procedimentos de voo e na engenharia de sistemas do satélite. “Minha atuação é particular, tanto no segmento de solo quanto no satélite. Isto me permite uma visão global, identificando interdependências entre o satélite, a estação de solo e os clientes, no caso militares e civis”, explica o engenheiro.

A participação dos brasileiros em todas as etapas, construção, montagem e testes, permite a cada um conhecer melhor os procedimentos e também as dificuldades práticas encontradas em cada área de atuação (térmica, mecânica e comunicações). Outros parâmetros devem ser levados em consideração e contornados para que os resultados previstos durante o projeto do satélite, possam ser validados e confirmados durante os ensaios.

São cerca de 30 profissionais brasileiros, oriundos da Agência Espacial Brasileira, Telebras, Visiona, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ministério da Defesa, que acompanham o processo, cada um dedicado a uma área específica. A presença de profissionais brasileiros, militares e civis, faz parte do processo de absorção de tecnologia. O conhecimento detalhado vai permitir que eles identifiquem e resolvam possíveis falhas de funcionamento que possam vir a surgir durante os 15 anos de vida útil do satélite. A expertise também será útil às organizações em projetos futuros de novos satélites.

A visão geral sobre o funcionamento, desenvolvimento e fabricação do SGDC é considerada pelas organizações brasileiras como um passo importante para que o Centro de Operações Espaciais (COPE) possa, futuramente, especificar e contratar novos satélites, tanto em relação à infraestrutura de solo como a parte espacial. “Cada um está sendo exposto não só a novas tecnologias, mas principalmente novos conceitos, novas formas de trabalhar. Diversos pontos do projeto e da operação de satélites vão sendo, aos poucos, compreendidos e desmistificados”, analisa o Tenente-Coronel.

Ato Público contra o PLP 257/16 - 31/05 - SP

Redação SindCT
Shirley Marciano
30 de maio de 2016




No dia 31 de maio, 11h30, haverá um ato em São Paulo, na Praça do Carmo, ao lado da Secretaria da Fazenda, contra o PLP n° 257/2016.

O Projeto propõe a renegociação das dívidas dos estados com a União, mas estabelece contrapartidas bastante controvérsias, como medidas que representam graves prejuízos aos direitos dos servidores públicos e ameaçam o bom funcionamento dos serviços para toda sociedade brasileira.

Marte vai parecer maior hoje; planeta estará a menor distância em 11 anos

UOL
30 de maio de 2016



Nesta segunda (30), Terra e Marte estarão na posição mais próxima já registrada nos últimos 11 anos. A menor distância registrada no século entre o "planeta vermelho" e o nosso foi em agosto de 2003. Hoje, Marte ficará mais iluminado e poderá ser visto a olho nu.

A distância entre os dois planetas será de 75,3 milhões de quilômetros nesta noite. O número pode parecer alto, mas essa distância pode chegar até 400 milhões de quilômetros. Em 2003, foi registrada a menor distância em 60 mil anos --quando a marca foi de 55,76 milhões de quilômetros.

O fenômeno acontece quando a Terra forma um alinhamento quase perfeito com o Sol e Marte, num fenômeno chamado de oposição afélica. "Por estar mais distante do Sol, a órbita de Marte é maior que a da Terra. O tempo que Marte gasta para dar uma volta em torno da estrela é de aproximadamente dois anos terrestres", afirma Renato Las Casas, coordenador do grupo de astronomia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Esse alinhamento acontece a cada 26 meses, mas como as circunferências da Terra e de Marte não são perfeitas, a distância entre os dois planetas no momento do alinhamento nem sempre é a mesma.

O fenômeno irá acontecer novamente em julho de 2018 com uma aproximação ainda menor que a deste ano: 57, 6 milhões de quilômetros.

Índia testa ônibus espacial em miniatura

Inovação Tecnológica, via AEB
30 de maio de 2016

Divulgação
A Índia testou com sucesso o primeiro protótipo de uma nave espacial de múltiplos usos. O RLV, sigla em inglês para Veículo de Lançamento Reutilizável, parece uma versão em miniatura dos antigos ônibus espaciais norte-americanos e da nave não-tripulada X-37B.

Com 6,5 metros de comprimento, o protótipo tem o mesmo diâmetro do foguete HS9, o que permite que ele seja encaixado no topo do foguete, como uma carga útil normal.

Após um voo de 91,1 segundos, o foguete liberou o RLV a uma altitude de 56 km. Por contra própria, a pequena nave ascendeu até os 65 km, o que é abaixo do limite de 100 km, considerado a fronteira do espaço, mas alto o suficiente para testar o voo em velocidade hipersônica e o sistema de navegação e descida.

Teste de reentrada - Após o desligamento dos motores, começou o teste para valer da nave experimental, que começou com uma “reentrada” na atmosfera baixa a uma velocidade de Mach 5 – cinco vezes a velocidade do som.

Durante a descida, todo o sistema de controle de voo funcionou corretamente, fazendo com que a nave descesse em um zigue-zague suave, o que necessário tanto para seu direcionamento para a pista de pouso, quanto para reduzir sua velocidade.

O primeiro voo não previa um pouso em terra e nem a recuperação da nave: depois de um voo de 12,8 minutos, o RLV mergulhou no ponto previsto na Baía de Bengala, a 450 km do local de lançamento.

Tecnologias críticas - De acordo com ISRO, a agência espacial indiana, “neste voo, tecnologias críticas, como o sistema autônomo de navegação, orientação e controle, o sistema de proteção térmica reutilizável e o gerenciamento da reentrada foram validados com sucesso”.

A expectativa é que o segundo protótipo já conte com um trem de pouso que permita testar a descida da nave em um aeroporto comum.

Uma empresa privada norte-americana, a Sierra Nevada, possui um protótipo de micro-ônibus espacial tripulado, chamado Dream Chaser, mas ele tem sido preterido pela NASA em benefício das naves das naves CST, da Boeing, e Dragon, da SpaceX.

IMPA recebe aporte para dar continuidade a suas atividades

Redação SindCT
Shirley Marciano
30 de maio de 2016

Vista da Estrada Dona Castorina - IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada)/ Foto: Divulgação


Finalmente, a Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA-OS) recebe os recursos para continuidade dos trabalhos. Por meio de um aditivo de prorrogação-- que estende o prazo para até 31 de maio de 2017-- do contrato de gestão e repasse recursos financeiros ao IMPA-OS, no exercício de 2016, será continuado o fomento e aplicação em suas atividades de pesquisa, difusão do conhecimento matemático, capacitação científica, desenvolvimento tecnológico e melhoria do ensino na área da Matemática.


O 18° termo aditivo foi publicado hoje, 30 de maio de 2016, no Diário Oficial da União (DOU), e o valor total é de R$ 89.185.959,00.

O IMPA estava sob ameaça de fechamento, conforme notícia divulgada aqui no blog. O prazo final do contrato terminaria hoje, 30 de maio do corrente.

O IMPA venceu o prêmio científico mais importante da França, o Louis D, que pela primeira vez é dado para matemática e para o Brasil. Em 2014, foi o ganhador da Medalha Fields, considerada o prêmio Nobel da matemática. 

Kassab conversa com comunidade científica em SP

Redação SindCT
Shirley Marciano
30 de maio de 2016

Assessoria Ministro Kassab/Divulgação
No dia 25/05, o ministro Gilberto Kassab, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) esteve reunido em São Paulo com representantes da comunidade científica. Segundo ele, o objetivo era conhecer melhor as reivindicações do setor.

Participaram da reunião os secretários Jaílson Bittencourt de Andrade (Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento) e Álvaro Prata (Inovação); Helena Nader (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), Mayara Zatz (Centro de Pesquisa do Genoma Humano e Células-Tronco), Jorge Kalil (Instituto Butantan), Marco Antonio Zago, reitor da Universidade de São Paulo, e Miguel Bucalem, da Escola Politécnica da USP. 

Vale ressaltar que Álvaro Prata já está sendo tratado pelo ministro como secretário, embora ainda não tenha sido nomeado oficialmente no Diário Oficial da União (DOU).  Jaílson permanece na mesma função que já ocupava, pelo menos, por enquanto.

"Na ocasião assumi o compromisso de trabalhar para viabilizar o financiamento de pesquisas, tentar elevar recursos próprios dentro da realidade atual e, também, contribuir para a tramitação dos projetos de interesse dos setores de ciência e inovação que estão no Legislativo", disse Kassab em sua página. 

Assessoria Ministro Kassab/Divulgação

No dia anterior, 24/05, a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado recebeu os representantes da comunidade científica para ouvi-los, e, de acordo com o presidente da CCT, Lasier Martins (PDT), a ideia é reunir as informações para serem apresentadas ao ministro Kassab numa outra data, a qual ainda não foi definida. O assunto principal debatido foi sobre a união dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o das Comunicações (MC). 

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira de Ciência (ABC)-- que também fizeram parte da mesa-- já haviam publicado um manifesto no qual expressaram contrariedade quanto a fusão do MCTI  com o  MC. 

Por fim, ficou a impressão de que o ministro Kassab não quis a interferência do Senado nesse primeiro contato com a comunidade científica, pois, se fosse do interesse dele, teria ido ao Senado debater. Talvez ele esteja tendo uma certa cautela política, porque o próprio Lasier já havia dado declarações contrárias à fusão dos ministérios. 

sábado, 28 de maio de 2016

José Raimundo da AEB em anúncio publicitário. Pode?

Redação SindCT
Shirley Marciano
28 de maio de 2016


Essa matéria publicitária foi divulgada no dia 25/05 no jornal O Vale. Nem um problema até aí, não fosse o fato do garoto propaganda ser o José Raimundo Braga Coelho, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB). Isso pode?

Ele é um servidor público federal e deve atender ao interesse da nação e não de empresas. Por essa razão, estou estranhando. Numa matéria publicitária, quem paga coloca o que lhe é conveniente, mas, havendo uma autoridade, acaba chancelando o que lá está escrito, sendo verdade ou não.

Vamos apurar melhor essa fusão do Parque Tecnológico-- entidade de direito privado-- com a Cecompi, mas, de antemão, digo que já há desencontros de informação. Na primeira notícia que li, dizia que vai ser o maior parque tecnológico do Vale do Paraíba, na segunda que será o maior do País e nesta d O' Vale já está falando que será o maior do mundo. A próxima, provavelmente, dará conta de ser o maior do sistema solar. 

Por que essa publicidade toda? Não sei. A única coisa que tenho certeza-- e que está contida na matéria-- é que haverá muito dinheiro público chegando ali, enquanto os Institutos passam por economias absurdas.  

Aqui quis mostrar mais essa questão curiosa da foto com o José Raimundo. Mas, vamos apurar o que tem mais por aí. Se for bom, voltamos aqui para parabenizar. Se tiver algum problema, vamos certamente denunciar. 

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Cientistas criam frente contra a fusão de ministérios

Estadão
26 de maio de 2016

Fábio Motta/Estadão
A exemplo de artistas e intelectuais que se uniram pela volta do Ministério da Cultura, cientistas, pesquisadores e professores universitários se mobilizam contra a fusão dos Ministérios da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) e das Comunicações. Nesta quarta-feira (25), cem deles participaram do lançamento da Frente Contra a Extinção do MCTI, na Coordenadoria de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Eles programam uma série de ações, como abraço a prédios históricos, convocação de alunos e abertura de laboratórios nos fins de semana. De acordo com professores, a fusão já causou problemas: estudantes de 55 programas de formação de recursos humanos estariam sem receber bolsas. "A extinção do MCTI já impactou o pagamento de bolsas de alunos de graduação e pós-graduação vigentes no programa de recursos humanos (PRHs), que atuam nas áreas de petróleo e gás. São alunos que não têm como dar continuidade às pesquisas", afirmou a professora do Instituto de Química da UFRJ Jussara Miranda.

A preocupação dos cientistas é com a desorganização de redes de pesquisa. Em um caso como o da epidemia de zika, em que diversas instituições se mobilizam para entender desde a estrutura do vírus à microcefalia, passando pelo desenvolvimento de medicamentos e vacinas, não haveria resposta rápida se os grupos de pesquisas não estivessem ativos, com bolsistas, alunos de iniciação científica, mestrandos e doutorandos atuando nos laboratórios.

Para o reitor da UFRJ, Roberto Leher, a extinção do MCTI surpreendeu a comunidade científica brasileira, que estaria agora diante de um "aviso de incêndio". "É uma reforma sem debater com a cidadania, imposta por um governo interino."

Ele ainda criticou o deslocamento da ciência e tecnologia para um "âmbito inferior". "A fusão vai desarticular as políticas de ciência e tecnologia em curso nas universidades públicas. Com o MCTI, foi possível capilarizar a ciência em todo o território nacional."

Patrimônio
Ex-presidente da Agência Espacial Brasileira e ministro da Ciência e Tecnologia na transição entre os governos Fernando Collor e Itamar Franco, Luiz Bevilacqua disse que o patrimônio construído ao longo dos últimos 30 anos corre o risco de se perder. "Se a gente fecha uma fábrica de automóveis hoje, daqui a dois anos reabre sem grandes prejuízos. Mas interromper o processo de desenvolvimento científico e retomar depois de um ano é um desastre quase irrecuperável", comparou. 

Cientista da NASA sugere possível ligação entre buracos negros primordiais e matéria escura

Universo Racionalista/NASA
Jéssica Nunes (Autor: Francis Reddy)
25 de maio de 2016



A matéria escura é uma substância misteriosa que compõem a maior parte do universo material, hoje amplamente considerada algum tipo de partícula exótica massiva. Uma visão alternativa intrigante é que a matéria escura seja feita de buracos negros formados durante o primeiro segundo da existência do nosso universo, conhecidos como buracos negros primordiais. Agora um cientista da NASA Goddard Space Flight Center em Greenbelt, Maryland, sugere que esta interpretação se alinha com o nosso conhecimento do brilhos dos raios infravermelho e raios-X de fundo e pode explicar as inesperadamente elevadas massas dos buracos negros que foram detectados no ano passado durante uma fusão.

“Este estudo é um esforço para reunir um amplo conjunto de ideias e observações para testar o quão bem elas se ajustam, e o ajuste é surpreendentemente bom”, disse Alexander Kashlinsky, astrofísico da NASA Goddard. “Se estiver correto, então todas as galáxias, incluindo a nossa, estão incorporadas dentro de uma vasta esfera de buracos negros, cada um com cerca de 30 vezes a massa do Sol”.

Em 2005, Kashlinsky liderou uma equipe de astrônomos que usaram o Telescópio Espacial Spitzer da NASA para explorar o brilho de luz infravermelha de fundo em uma parte do céu. Os pesquisadores relataram uma excessivo retalhamento no brilho e concluíram que isso provavelmente era causado pelo acúmulo de luz das primeiras fontes a iluminar o universo a mais de 13 bilhões de anos atrás. Estudos de acompanhamento confirmaram que este fundo cósmico de infravermelho (CIB) mostrou uma estrutura inesperada semelhante em outras partes do céu.

Em 2013, outro estudo comparou o fundo cósmico de raios-X (CXB) detectado pelo Chandra X-ray Observatory da NASA com o CIB da mesma área do céu. As primeiras estrelas emitiam principalmente luz no comprimento óptico e ultravioleta, que hoje foi estendida para o infravermelho pela expansão do espaço, de modo que não deve contribuir significativamente para o CXB.

No entanto, o brilho irregular de raios-X de baixa energia no CXB combinava muito bem com o retalhamento do CIB. O único objeto que sabemos que pode ser suficientemente luminoso em toda esta vasta gama de energia é um buraco negro. A equipe de pesquisa concluiu que os buracos negros primordiais devem ter sido abundantes entre as primeiras estrelas, compondo, pelo menos, cerca de um em cada cinco fontes que contribuem para a CIB.

A natureza da matéria escura continua a ser uma das questões pendentes mais importantes da astrofísica. Os cientistas favorecem atualmente modelos teóricos que explicam a matéria escura como uma partícula exótica massiva, mas as pesquisas até agora não conseguiram encontrar provas que essas partículas hipotéticas realmente existam. A NASA está atualmente investigando esta questão como parte das missões Alpha Magnetic Spectrometer e Fermi Gamma-ray Space Telescope.

“Esses estudos estão fornecendo resultados cada vez mais sensíveis, encolhendo lentamente os lugares onde as partículas de matéria escura podem se esconder”, disse Kashlinsky. “O fracasso em encontra-las levou ao interesse em estudar o quão bem os buracos negros primordiais – buracos negros formados numa fração do primeiro segundo do universo – podem funcionar como matéria escura”.

Os físicos têm descrito várias maneiras de como o quente universo em rápida expansão pode produzir buracos negros primordiais nos primeiros milésimos de segundo após o Big Bang. Quanto mais velho o universo era quando esses mecanismos apareceram, maiores os buracos negros poderiam ser. E pelo fato deles terem tido apenas uma pequena fração do primeiro segundo de existência do Universo para serem criados, os cientistas esperam que os buracos negros primordiais apresentem um intervalo estreito de massas.

Em 14 de setembro, as ondas gravitacionais produzidas por um par de buracos negros que se fundiram a 1,3 bilhões de anos-luz de distância foram capturadas pelas instalações Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO) em Hanford, Washington, e Livingston, Louisiana. Este evento marcou a primeira detecção de ondas gravitacionais, bem como a primeira detecção direta de buracos negros. O sinal forneceu aos cientistas do LIGO informações sobre as massas individuais dos buracos negros, 29 e 36 vezes a massa do Sol. Estes valores foram inesperadamente grandes e surpreendentemente similares.

“Dependendo de como o mecanismo funciona, os buracos negros primordiais podem ter propriedades muito semelhantes às dos buracos negros que o LIGO detectou”, explicou Kashlinsky. “Se assumirmos que este é o caso, que o LIGO pegou uma fusão de buracos negros formados no início do Universo, podemos olhar para as consequências que isso tem sobre a nossa compreensão de como o cosmos evoluiu”.

Em seu novo artigo, publicado dia 24 de maio no The Astrophysical Journal Letters, Kashlinsky analisa o que poderia acontecer se a matéria escura consistir de uma população de buracos negros semelhantes aos detectados pelo LIGO. Os buracos negros distorceram a distribuição de massa no início do universo, adicionando uma pequena flutuação que acarretou consequências centenas de milhões de anos mais tarde, quando as primeiras estrelas começaram a se formar.

Durante grande parte dos primeiros 500 milhões de anos do Universo, a matéria normal manteve-se demasiadamente quente para formar as primeiras estrelas. A matéria escura não foi afetada pela alta temperatura porque, seja qual for a sua natureza, ela interage principalmente por meio da gravidade. Agregados pela atração mútua, a matéria escura entrou em colapso pela primeira vez em aglomerados chamados minihaloes, o que proporcionou uma semente gravitacional permitindo o acúmulo da matéria normal. O gás quente entrou em colapso em direção aos minihaloes, resultando em bolsões de gás denso o suficiente para colapsar ainda mais por conta própria formando as primeiras estrelas. Kashlinsky mostra que, se os buracos negros desempenharem o papel de matéria escura, este processo ocorre mais rapidamente e facilmente produz a granulosidade do CIB detectada em dados do Spitzer, mesmo que apenas uma pequena fração do minihaloes tenham conseguido produzir estrelas.

À medida que o gás cósmico caiu nos minihaloes, seus buracos negros constituintes naturalmente capturaram um pouco dele também. A matéria que cai em direção ao buraco negro aquece e, finalmente, produz raios-X. Juntos, a luz infravermelha vinda das primeiras estrelas e os raios-X vindos do gás caindo em buracos negros de matéria escura, podem explicar a concordância observada entre o retalhamento do CIB e o CXB.

Ocasionalmente, alguns buracos negros primordiais irão se aproximar o suficiente para serem gravitacionalmente atraídos, formando sistemas binários. Os buracos negros em cada um desses binários vão, ao longo de eras, emitir radiação gravitacional, perder energia orbital e espiralar, em última análise, fundindo-se um buraco negro maior, como o evento observado pelo LIGO.

“Futuras observações do LIGO irão nos dizer muito mais sobre a população de buracos negros do Universo, e não vai demorar muito para sabermos se o cenário que eu esquematizei será suportado ou descartado”, disse Kashlinsky.

Kashlinsky lidera uma equipe científica centrada no Goddard, que está participando da missão Euclid da Agência Espacial Europeia, programada para lançamento em 2020. O projeto, chamado Librae, permitirá que o observatório sonde as populações de origem na CIB com alta precisão e determine qual porção do CIB foi produzida por buracos negros.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Foguete com propulsor desenvolvido pelo DCTA é lançado na Austrália

FAB, via AEB
25 de maio de 2016



O primeiro estágio do artefato foi produzido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), unidade do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.

O foguete suborbital VS-30/IO V12 foi lançado com sucesso (18/05) no Centro de Lançamento de Woomera – WIR (Woomera Instrumeted Range), localizado na Austrália. O propulsor S30 (primeiro estágio do VS-30/IO) foi produzido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), unidade do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

O VS-30/ORION é um foguete suborbital bi-estágio a propelente sólido, não guiado, estabilizado por empenas e lançado de trilho. Consiste de um propulsor S30, no primeiro estágio e um propulsor “Improved Orion (IO)” no segundo estágio. Este foguete pode efetuar missões com cargas úteis científicas e tecnológicas de 100 a 260 kilos.

O voo do foguete foi nominal (apogeu de 278 km; alcance de 390 km) e o experimento foi realizado com sucesso. A carga útil – responsável pelo transporte – levou o experimento hipersônico HiFire – Hypersonic International Flight Research Experimentation Program, programa este liderado pela NASA, pelo AFRL (Air Force Research Laboratory) dos EUA e pelo Defence Science and Technology Organisation (DSTO) da Austrália, com a colaboração do DLR (Centro Aeroespacial Alemão).

O motor S30, do segundo estágio, tem sido largamente utilizado em outros foguetes suborbitais, tais como o Sonda III, VS-30 e VSB-30. Todos esses foguetes já foram utilizados dentro do acordo de cooperação entre o IAE/DCTA e o DLR.

“A expectativa é de que o S30 continue cumprindo com eficiência a missão para a qual foi idealizado, ampliando o papel do Brasil como provedor de tecnologia e confirmando a confiança que seus parceiros internacionais nele depositaram e proporcionando a transferência das tecnologias de foguetes suborbitais já dominadas pelo DCTA/IAE para a indústria nacional”, relata o Pesquisador Engenheiro do IAE e Gerente do Projeto, Eduardo Dore Roda.

Até agora foram efetuados 12 lançamentos, nove voos relacionados com o Centro Espacial Alemão, três lançamentos no Centro de Lançamento de Alcântara. Esta foi a primeira vez que um foguete brasileiro é lançado do território australiano. O próximo voo está previsto para 2017 de um foguete VSB-30 com a carga útil HiFire 4.

Fusão transforma Parque Tecnológico de São José dos Campos no maior do país

Meon
Henrique Macedo
25 de maio de 2016

Foto: Claudio Capucho

O Parque Tecnológico São José dos Campos e o Cecompi (Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista) anunciaram nesta terça-feira (24) que fundiram suas atividades. Participaram do evento os diretores do Parque e do Cecompi, representantes de empresas, associações, secretários municipais, vereadores e o prefeito Carlinhos Almeida.

Dessa forma, a região do Vale do Paraíba passa a sediar o maior complexo de pesquisa, inovação e empreendedorismo do Brasil, com um total de 304 empresas, entre incubadas, residentes e seis instituições de ensino e pesquisa.

A fusão vai permitir que o polo receba R$ 3 milhões a mais em seu orçamento anual - de R$ 15,6 milhões para R$ 18,6 milhões. O quadro de funcionários subirá de 23 para 43. O volume de recursos captados para investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) sobe de R$ 11 milhões para R$ 22 milhões.

Para o diretor-geral do Parque, Marco Antonio Raupp, objetivos comuns ajudaram na concretização da fusão. "A união do Parque Tecnológico com o Cecompi teve motivação natural, pois ambas instituições têm o mesmo objetivo: promover o empreendedorismo inovador e a competitividade das empresas".

Além de empresas de ponta como a Boeing e a Embraer, o Parque conta originalmente com três centros empresariais, cinco centros de desenvolvimento tecnológico e três laboratórios. Abriga também o Parque das Universidades, onde estão instaladas unidades da Fatec, da Unesp e da Unifesp.

O Cecompi vai transferir para o parque cinco programas: o Arranjo Produtivo Local em Tecnologias da Informação e Comunicação, o Cluster Aeroespacial e Defesa, o Escritório de Negócios, as três unidades das Galerias do Empreendedor e o Programa Municipal de Incubadoras de Empresas.

WETE-INPE arrecada fundos para 7° Workshop em Engenharia e Tecnologias Espaciais

WETE/INPE
Redação SindCT
25 de maio de 2016



Todos que são do INPE sabem a situação de penúria por que passa o Instituto. Para se ter uma ideia, está suspenso o uso do condicionado; se quiser tomar água, tem que trazer copo de casa, e assim vai...Tudo isso acontece devido aos cortes de verba realizado pelo governo federal. 

Por essa razão, o INPE vem tentando manter a estrutura funcionando dentro da medida dos parcos recursos que chega ao Instituto. É possível entender que deve haver economia por causa da crise, mas é preciso existir um limite ao bom senso.

A Secretaria de Comunicação do SindCT iniciará uma série de reportagens para denunciar e cobrar do governo mais verbas por entender que é absurdo deixar um instituto de pesquisa tão importante nessas condições. 

Também por falta de recurso, um evento anual da Engenharia do INPE, realizado por alunos, terá de ser custeado por eles próprios ou através de arrecadação de fundos. Assim, estamos aqui divulgando a campanha dos estudantes.

PS: o blog Brazilian Space foi muito perspicaz ao apontar o fato sob um viés de questionamento. 

Redação SindCT

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Segue a nota dos organizadores da WETE:
Caros, esse ano vamos contar com a colaboração e divulgação de vocês para nos ajudar a manter o WETE, costumeiramente tínhamos um apoio que nos auxiliava no custeio das atividades do evento. Porém, desde o ano passado a comissão organizadora (formada só por alunos) está sendo a responsável pelo custeio dos elementos de papelaria e Coffee que ocorrem no WETE. Sendo assim, durante as reuniões, cogitamos e concordamos em convidar os autores, professores e comunidade a colaborar, de forma espontânea, com o evento. No site Catarse fizemos uma espécie de "vaquinha online", ou utilizando o termo correto "crowdfunding", para conseguirmos os recursos para a execução do WETE. Consideramos uma plataforma ao invés de "passar o chapéu" com os professores e alunos pois esta modalidade permite maior transparência dos valores e evita possíveis constrangimentos. https://www.catarse.me/pt/7wete

Agradeço pela atenção, segunda-feira habilitaremos para contribuições (postado em 21 de maio no https://www.facebook.com/wete.inpe/).