quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

CLBI realiza o segundo rastreamento remoto de satélite do ano

FAB
23 de fevereiro de 2016



Brasília, 23 de fevereiro de 2016 – Em março, a Estação Natal, do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), realiza o segundo dos oito rastreamentos remotos previstos para este ano dos veículos Ariane, Soyuz e Vega. Eles serão lançados a partir de Kourou, na Guiana Francesa, a 2,3 mil quilômetros em linha reta da capital do Rio Grande do Norte.

O rastreamento remoto dos foguetes é estabelecido em um acordo internacional entre o governo brasileiro e a Agência Espacial Europeia (ESA).

A operação é feita por meio de uma antena de telemedidas que remete os dados (como trajetória, temperatura e pressão, dentre outros) para a estação brasileira. Esta, por sua vez, recebe as informações – que são transformadas em pacotes de dados – e as envia em tempo real para a Guiana Francesa. O processo é fundamental para manter a segurança de voo do foguete, além do monitoramento de todo trajeto do veículo.

“A função do CLBI é fazer com que esse rastreamento colabore com os voos dos foguetes e caso ocorra algum incidente todas as informações serão de suma importância para relatar qualquer ocorrido”, diz Maria Goretti Dantas, engenheira responsável pela interface entre o CLBI e o Centro Espacial Guianês.

Em janeiro último o CLBI acompanhou os dados do veículo Ariane (VA228), que levou ao espaço o Satélite Intelsat 29E, construído pela Boeing, que vai prover links de dados de alta capacidade para clientes comerciais e governamentais das Américas.

O diretor do Centro, coronel Paulo Junzo Hirasawa, destacou a qualidade técnica e a importância da estação. “O comprometimento e o profissionalismo dos servidores envolvidos garantiram a excelência e o sucesso da operação e ratificam o papel estratégico da Estação Natal para o cumprimento da missão institucional”, afirmou.

Acordo – O primeiro acordo com a ESA foi assinado em 1977. A renovação em 1994 está vigente até 2019. O acordo prevê estabelecimento e utilização de meios de rastreamento de telemedidas situados em território nacional.

Anualmente, o Brasil recebe aproximadamente 900 mil euros pela utilização. O valor é direcionado aos cofres públicos e não ao CLBI.

Em 2015, o CLBI completou 50 anos. A unidade da Força Aérea Brasileira (FAB), em Parnamirim (RN), serviu como base de lançamento de aproximadamente três mil foguetes e rastreamento de cerca de 200 veículos espaciais lançados a partir da Guiana Francesa, entre eles os foguetes Ariane, Soyuz e Vega.

Fonte: FAB

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